Por que hamsters comem seus filhotes? Dicas para evitar essa situação

Os hamsters, animais de estimação populares em muitos lares ao redor do mundo, podem surpreender seus donos com um comportamento aparentemente perturbador: o canibalismo de seus filhotes. Entenda por que hamster come os filhotes e como evitar que isso aconteça!
Pode ser muito divertido ver esse pet com a bochecha cheia de comida, mas dá até certo medo saber que a mãe ou o pai podem eventualmente comer os filhotes! Diante disso, vamos entender o comportamento desse roedor.
O que é canibalismo animal?
O termo “canibalismo”, por si só, já é carregado de um sentido muito negativo. Quando envolve a mãe ou o pai e os filhotes, parece pior ainda! Porém, na natureza, tudo tem um sentido, por mais que nos soe como algo ruim.
Assim é o canibalismo: ato de se alimentar de indivíduos da mesma espécie. No meio ambiente, esse hábito é mais comum do que parece. Mais de 1.300 espécies o praticam e isso tem as mais diversas causas.
O canibalismo é muito comum em insetos ou aranhas, como a viúva negra, mas é menos relatado nos mamíferos e nas aves, talvez porque estas espécies têm maior desenvolvimento do sistema límbico — o responsável pelo sentimento do amor.
Embora tudo isso não explique ainda por que hamster come os filhotes, serve para o tutor entender que existe uma razão natural para que isso ocorra dentro de sua casa com seus roedores fofos e brincalhões.
O que os cientistas dizem?
O hábito de comer animais da mesma espécie, principalmente quando se trata da mãe comendo a ninhada ou parte dela, tem sido alvo de muitos estudos, mas nenhum explicou de forma clara por que hamster come os filhotes.
No entanto, os estudos serviram para desenvolver algumas teorias que fazem sentido para nós. Apesar de nenhuma ter comprovação robusta, elas nos ajudam a entender por que hamster come os filhotes.
Teorias resultantes das pesquisas
Os estudos não definiram apenas uma causa para o canibalismo filial e também não dão diretrizes diretas sobre o que fazer quando a hamster come os filhotes. Mesmo assim, são de grande valia para ajudar o tutor a fazer algo para evitar que isso ocorra. Acompanhe a seguir.
Filhotes com anomalias ou doentes
Criar um filhotinho exige muito da mãe, mais ainda se ele nasce com alguma malformação ou doença. A mamãe pode comer o filhote de hamster mais fraco da ninhada para evitar gastos energéticos desnecessários, por exemplo.
Na natureza, esse gasto desnecessário pode ser a diferença entre a vida e a morte tanto da mãe quanto da prole. Afinal, ela precisa estar bem para cuidar de todos os filhotes com boas possibilidades de sobrevivência, para que cheguem à fase adulta.
Para o tutor tentar evitar que esse costume do hamster ocorra por causa disso, ele pode observar os filhotes logo que nascerem. Caso algum tenha alguma anomalia, ele pode retirá-lo e cuidar dele como se fosse um órfão.
Ninhada muito grande
Em uma ninhada média de hamsters é comum o nascimento de 6 filhotes. No entanto, existem relatos de fêmeas que tiveram mais de 20 filhotinhos em uma mesma gestação.
Mesmo em uma ninhada não tão grande, com cerca de 10 filhotes, o canibalismo pode ocorrer. Nesse caso, a hamster come um ou mais filhotes por entender que os que restarão terão maiores chances de sobreviver.
Portanto, se o tutor observar que a mamãe hamster está meio perdida ou teve uma ninhada acima da média, ele pode retirar alguns filhotes com anomalias ou aparentemente doentes da gaiola e cuidar deles separadamente.
Morte natural do filhote
Nos primeiros dias de vida dos filhotes desse roedor, a recomendação é mexer o menos possível neles e na gaiola para evitar o estresse, que é uma das características do hamster mais marcantes da espécie.
Sendo assim, caso um bebê nasça morto ou morra ainda filhote, a mamãe hamster pode comê-lo para evitar que o odor da decomposição atraia predadores ou por achar instintivamente que é uma boa fonte de nutrição nessa fase de amamentação e cuidados.
Como é muito difícil o tutor identificar o filhote natimorto, provavelmente irá pensar que a mãe o comeu por outro motivo. Porém, se for uma pessoa bastante observadora, pode retirá-lo da ninhada antes que ela o coma e enterrar o corpinho em um vaso ou no jardim para não ter estresse.
Por falar em estresse, retire o macho da gaiola um pouco antes do parto. A presença dele no local ou mesmo perto da mãe pode fazer com que ela se sinta ameaçada e coma a ninhada.
Como evitar?
Para evitar que essa situação ocorra, é essencial fornecer um ambiente seguro e confortável para a mãe e seus filhotes. Aqui estão algumas dicas úteis:
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Preparação Adequada do Habitat: Garanta que a gaiola do hamster seja espaçosa o suficiente para proporcionar conforto e privacidade. Isso inclui um ninho adequado, longe de áreas de alto tráfego e barulho.
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Intervenção Mínima: Durante o período de gestação e nas primeiras semanas após o nascimento dos filhotes, evite perturbar a mãe hamster. Interrupções frequentes podem aumentar seu nível de estresse, levando-a a comportamentos indesejados.
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Alimentação Balanceada: Ofereça uma dieta nutritiva e equilibrada para a mãe hamster, fornecendo alimentos ricos em proteínas e cálcio. Isso pode ajudar a reduzir a probabilidade de canibalismo.
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Monitoramento Regular: Observe o comportamento da mãe hamster de forma discreta. Se houver sinais de agressão ou canibalismo em relação aos filhotes, é importante intervir imediatamente para proteger os filhotes.
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Considere a Esterilização: Se a reprodução não for desejada, considere a esterilização do hamster para evitar ninhadas indesejadas e potenciais problemas comportamentais.
Compreender as necessidades e comportamentos naturais dos hamsters é fundamental para garantir seu bem-estar e o sucesso da criação de filhotes. Ao seguir estas dicas e proporcionar um ambiente adequado, os proprietários podem ajudar a minimizar a ocorrência de canibalismo entre os hamsters e garantir uma convivência harmoniosa entre mãe e filhotes.
Informações do petz, atualizada pelo Portal Conceito
Foto: Reprodução