Costa do Marfim suspende cooperativas por acúmulo ilegal de cacau

Costa do Marfim suspende cooperativas por acúmulo ilegal de cacau
Foto: Reprodução

Foram estocadas mais de 60 mil toneladas métricas de cacau desde o início da safra intermediária no começo de abril

O Conselho do Café e do Cacau (CCC) da Costa do Marfim suspendeu cerca de 40 cooperativas suspeitas de acumular ilegalmente amêndoas de cacau para vendê-las a preços mais altos aos exportadores, que estão lutando para cumprir seus contratos devido à escassez de oferta causada por doenças nas lavouras e condições climáticas adversas.

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Essas cooperativas, juntamente com compradores independentes, estocaram mais de 60 mil toneladas métricas de cacau desde o início da safra intermediária no começo de abril. Embora estocar grãos não seja ilegal, estocar para cobrar preços inflacionados é proibido no país.

A suspensão, que foi ordenada em duas fases — na semana passada para algumas cooperativas e nesta semana para outras —, visa evitar que exportadores menores tenham que pagar preços exorbitantes para competir com compradores multinacionais. O preço de porteira de fazenda foi fixado em 1.500 francos CFA (US$ 2,50) por kg para o período de abril a setembro, mas algumas cooperativas estavam exigindo entre 1.600 e 1.800 francos CFA por kg nos portos de Abidjan e San Pedro.

Uma fonte da CCC, que preferiu não ser identificada, disse que a suspensão foi necessária para estabilizar o sistema de marketing doméstico e ajudar os exportadores em dificuldade. Os exportadores aprovaram a decisão, argumentando que, sem o estoque, as chegadas semanais de cacau seriam maiores do que as registradas desde o início da safra intermediária.

As chegadas de cacau aos portos da Costa do Marfim, maior produtor mundial de cacau, caíram 29,3% em comparação com o mesmo período do ano passado. Alguns exportadores relataram que fornecedores suspensos ofereceram cacau a preços inflacionados, mas as ofertas foram recusadas.

O CCC está realizando um inventário dos estoques, e as cooperativas e compradores com contratos de entrega terão de cumprir suas obrigações rapidamente, sob pena de terem seus estoques redirecionados para outros exportadores.

 

Informações da Forbes

 

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