Como escolher a luminária perfeita para cada ambiente

Se tem um elemento que pode fazer toda a diferença na ambientação do seu lar, esse é a iluminação.
Ainda que pouca gente saiba realmente como usá-la ao seu favor, com a ajuda da iluminação é possível criar espaços mais aconchegantes e convidativos, bem como determinar o conforto de um cômodo, adequando-o às condições necessárias para a realização de atividades específicas.
Confira as dicas da arquiteta Ana Yoshida para acertar na escolha do tipo de iluminação e dos modelos de luminária para diferentes ambientes da sua casa, além de ideias para testar em casa e produtos para você se inspirar.
Luminária de teto
Luminárias de teto tendem a ser versáteis, considerando que normalmente carregam a luz central do ambiente ou luzes direcionadas utilizadas para completar o ambiente, as quais podem ser utilizadas em todos os cômodos. Dentro da categoria das luminárias de teto estão inclusos diferentes modelos, conheça:
Existem as luminárias embutidas, indicadas para quem busca sobriedade e elegância, visto que possuem um acabamento discreto. “Esse tipo de luminária transfere um visual ‘limpo’ no teto.”, afirma Ana.
Segundo a especialista, há variedade de modelos entre as embutidas, podendo ser com ou sem fechamento em acrílico ou vidro, direcionáveis ou fixas. São uma ótima pedida em ambientes de pé direito baixo e também para focar mais nos objetos, só é preciso um forro para poder embutir.
Uma outra opção de luminária para o teto são os lustres, indicados para lugares de pé direito alto (dependendo a altura da peça), os pendentes, indicados para locais que precisam de iluminação extra, como as bancadas da cozinha e laterais de espelhos ou camas. Ambos são encontrados em diferentes estilos.
Luminária de parede
Quanto as luminárias de parede, estas se dividem em arandelas e balizadores. As arandelas são as mais comuns, fixadas à parede em uma altura média e servem para trazer ressaltar ou adicionar um ar mais interessante no espaço. São uma boa pedida para corredores, lavabos e áreas externas.
Os balizadores são luminárias posicionadas ou fixadas próximas ao rodapé ou ainda embutidas ao piso e destinam-se à orientação de passagens, mas são ótimas opções para tornar a iluminação do ambiente mais charmosa e especial. Um cuidado importante é com a distância de instalação dos balizadores que deve ser proporcional ao tamanho da luminária (quanto maior o balizador, maior a distância entre eles), mas respeitando o mínimo de 50 cm entre cada foco de luz.
Na parede também há a possibilidade de utilizar os pisca-piscas de natal como forma de iluminar e trazer charme ao ambiente.
Luminária de piso
Luminárias de piso podem variar entre as luminárias “coluna” e balizadores, fixos ou não ao piso. O modelo altera muito o efeito visual da luminária, mas em geral, as luminárias “coluna” ficam ótimas em cantos da sala, do escritório ou do quarto, pois ocupam pouco espaço e iluminam de forma a conseguirem alterar completamente a sensação visual do ambiente. Já os balizadores vão bem em áreas externas ou em ambientes em que se deseja criar uma iluminação baixa e verticalizada.
“É mais uma possibilidade de iluminação e geralmente é um artifício decorativo.”, afirma a arquiteta. Ana também alerta que é preciso evitar instalar a luminária em áreas molhadas ou muito quentes para não afetar a durabilidade da mesma.
Luminária de mesa
As luminárias de mesa são peças ainda mais versáteis que os tipos anteriores, afinal, além de também possuírem diferentes versões, em questão de formato e cor, e se adequarem em diversos ambientes da casa, possuem a mobilidade como vantagem.
Segundo a especialista Ana, o estilo da luminária de mesa depende muito da linha decorativa do ambiente, mas em geral sua função é a mesma, iluminar um espaço limitado de uso. “Podem ser fixas com braços articulados, difusa ou não, com cúpula ou não… Pode ser decorativo ou para trabalho”.
Independente do modelo escolhido e da finalidade, luminárias de mesa são ótimas aliadas em um escritório, pois suprem a necessidade de luz nos dias e momentos de pouca luminosidade, além de deixarem a decoração do espaço mais completa.
E quanto ao tipo de iluminação, como escolher?
Novamente, a iluminação é um fator bastante influente na ambientação dos espaços. “Uma iluminação adequada valoriza a decoração, os revestimentos e as peças decorativas. Além disso, pode-se criar diversas cenas, por exemplo: luzes adequadas para um momento de leitura, para um momento de relaxamento, para as refeições… Tudo no mesmo ambiente”, esclarece a arquiteta.
Para não errar é preciso levar em conta os hábitos daqueles que utilizam o cômodo, que tipo de atividade é realizada nele e com que frequência, assim como a linha decorativa e o gosto dos habitantes da casa.
A condição de luz pode ser alterada por diferentes fatores: temperatura de cor da lâmpada, intensidade da luz, e direcionamento dado pela luminária.
Escolhendo a lâmpada
Existem diferentes tipos de lâmpada no mercado, elas variam em cor, intensidade, potência, formato e material. Assista o vídeo abaixo para entender melhor sobre cada uma delas e ajudar na escolha:
Para acertar na escolha, lembre-se de considerar a finalidade do cômodo. Locais em que se executa tarefas que exigem concentração (onde você faz sua maquiagem, trabalha, lê ou cozinha) pedem luzes com alta fidelidade de cor e uma iluminação neutra, sem muitos efeitos. Já em locais destinados ao relaxamento, é possível abusar da criatividade para criar ambientes aconchegantes, mas ao mesmo tempo, com personalidade. Veja a seguir mais sobre onde e como usar cada tipo de iluminação:
O efeito das cores
Lâmpadas em tons mais amarelados criam um efeito mais íntimo e aconchegante ao ambiente, porém é preciso cautela para o cômodo não ficar escuro demais.
Já as mais brancas deixam o espaço menos intimista e podem trazer tanto a sensação de espaçamento e amplitude quanto um desconforto visual pelo excesso de branco (uma cor que naturalmente reflete muita luz). Para equilibrar, invista em alguns elementos decorativos coloridos ou em tons mais fechados.
Lâmpadas coloridas alteram completamente a sensação do ambiente e novamente é preciso cautela para não escolher uma iluminação desconfortável.
Cozinha
“Na cozinha, a iluminação uniforme é boa aliada, pois evita a fadiga dos olhos. Para bancadas, onde os alimentos são preparados, indicam-se lâmpadas com excelente fidelidade na reprodução de cores, que atinjam um índice mínimo de 84%. As incandescentes, entre elas, as dicróicas, são as campeãs. Na seleção da coifa, vale o mesmo tipo de iluminação, mas com lâmpadas mais potentes, a partir de 50 w”, esclarece Ana Yoshida.
Quanto ao pendente sobre mesa de jantar, Ana orienta que a distância deve ser de 90 a 100 cm do tampo. Sobre a cozinha como um todo, a profissional indica modelos com cúpulas ou tampas removíveis, a fim de facilitar a limpeza e a remoção da gordura.
Banheiro
Para os banheiros, a arquiteta aconselha o uso de uma luz linear, para iluminar a bancada da pia sem sombras, e de cor branca, para não distorcer as cores (da maquiagem, por exemplo). Nesse caso, é preciso olhar a temperatura de cor da lâmpada e investir em uma com cores acima de 2700K.
“Evite lâmpadas dicróicas e halógenas, deixe esses modelos apenas para criar efeitos decorativos”, orienta. Outra dica deixada por Ana é ir além da iluminação central e investir em um ponto de luz no box e na bancada.
Quarto de bebê
“Podemos utilizar todos os tipos de luminárias, mas é preciso pensar no bebê e em suas situações como: uma luz indireta, acolhedora, para não atrapalhar o descanso. Também temos que pensar que é necessário uma luz central para trocar o bebê e para higienizar o ambiente”, ensina Ana.
A arquiteta traz como sugestão investir em leds embutidos na marcenaria, que geram uma iluminação suave e indireta (só é preciso atenção à cor e à intensidade da lâmpada), e em sistemas de dimerização, que permitem alterar a intensidade da luz, facilitando a adaptação do ambiente conforme a sua necessidade.
Quarto adulto
Quando o assunto é iluminação de quartos a liberdade é grande, pois tudo depende do sentimento que você deseja instaurar no ambiente. Para um toque intimista, invista em uma iluminação mais baixa e luminárias mais sóbrias.
Para trazer estilo e personalidade ao espaço, luminárias de mesa e pendentes com design diferenciado e cores vivas ou metálicas são ótimas pedidas. Já para deixar tudo com uma pegada mais clean, invista em luzes mais claras, mas não deixe de brincar com focos direcionados de luz para fugir da tradicional iluminação central.
Sala
Na sala, a ideia é usar a criatividade para aumentar a sensação de aconchego do ambiente, visto que se trata de um cômodo de convívio social e relaxamento.
As dicas dadas para os quartos também são válidas para as salas, só é preciso fazer escolhas alinhadas à linha decorativa da sala como um todo e ao seu gosto pessoal.
Áreas externas
Com relação às luminárias para áreas externas, é possível investir nos mesmos modelos utilizados na parte interna da casa, porém essa opção pode não ser muito vantajosa em termos de durabilidade. Para evitar qualquer transtorno, verifique o tipo de acabamento utilizado.
Uma ideia bacana é investir em lâmpadas amareladas e utilizar o efeito vertical dos balizadores, o resultado é um espaço aconchegante e muito charmoso. Para não deixar o ambiente muito escuro, é possível combinar a iluminação baixa com arandelas fixadas na parede.
Reprodução do “Tua Casa”