Autópsia aponta causa da morte de Juliana Marins após queda em vulcão na Indonésia

A autópsia realizada em Bali confirmou que a brasileira Juliana Marins, vítima de uma queda durante trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, morreu em decorrência de trauma contundente, que causou danos a órgãos internos e hemorragia significativa.
Segundo o médico legista Ida Bagus Alit, que conduziu o exame, foram constatadas fraturas no tórax, ombro, coluna e coxa, além de arranhões e escoriações. “A principal causa da morte foram os ferimentos na caixa torácica e nas costas”, detalhou.
A estimativa é que Juliana tenha falecido cerca de 20 minutos após sofrer os ferimentos, conforme sinais observados no corpo, sem indícios de morte prolongada ou exposição a hipotermia. A autópsia foi realizada na noite de quinta-feira (26), no Hospital Bali Mandara, para onde o corpo foi transferido após ser recuperado na ilha de Lombok.
Contudo, há divergência quanto ao horário da morte. Enquanto a agência de resgates Basarnas afirmou que Juliana foi encontrada sem vida na noite de terça-feira (24), o legista estimou o óbito entre 1h e 13h de quarta-feira (25), horário local. O especialista reconheceu, porém, que fatores ambientais e o transporte do corpo em freezer podem afetar a precisão da estimativa.
Juliana Marins, publicitária brasileira, sofreu o acidente durante escalada no sábado (21). O resgate foi dificultado pelo mau tempo e pelo terreno acidentado da região. A recuperação do corpo levou quatro dias.
A morte da alpinista causou repercussão tanto no Brasil quanto na Indonésia. Internautas brasileiros questionaram a lentidão da operação de resgate e lotaram as redes sociais da Agência Nacional de Busca e Resgate da Indonésia e de autoridades do país com críticas. A família afirma que houve negligência, alegando que, se o resgate tivesse ocorrido nas primeiras horas após o acidente, Juliana poderia ter sobrevivido.
Em resposta, o governo brasileiro anunciou medidas de apoio. O prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, informou que a prefeitura irá custear o translado do corpo até o Brasil. Já o presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou ao Ministério das Relações Exteriores que preste toda a assistência à família da brasileira.
A família de Juliana anunciou que pretende entrar com ação judicial, afirmando que buscará responsabilização pelas falhas no atendimento e resgate.
Fonte G1
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