Rússia começa a usar bomba de três toneladas contra a Ucrânia

Neste sábado (3), a Rússia começou a utilizar as bombas FAB-3000, pesando três toneladas, contra a Ucrânia. Estas bombas, que transformam munições de queda livre em dispositivos guiados capazes de atingir longas distâncias, são equipadas com o módulo universal de planejamento e correção (UMPK). Esse sistema foi desenvolvido pela Rússia e começou a ser implementado no início do ano passado, inicialmente em bombas menores, mas rapidamente evoluindo para o uso em munições maiores como a FAB-3000.
De acordo com O Globo, as primeiras versões das bombas UMPK eram menores, mas a FAB-3000, mais potente, maior e mais pesada, foi rapidamente desenvolvida. Esta bomba, em seu modelo tradicional, foi projetada para destruir estruturas maiores que exigem mais potência, embora tenha sido usada raramente em conflitos contra a Ucrânia. Em março, o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, anunciou a retomada da produção destas bombas.
Em 20 de junho, a agência de notícias TASS informou que uma FAB-3000 havia sido lançada na região de Kharkiv. Em julho, o Ministério da Defesa russo divulgou um vídeo comprovando o lançamento da bomba contra a Ucrânia. A FAB-3000 M-54 pode carregar cerca de 1.400 quilos de explosivos, o que a torna uma ferramenta atrativa para Moscou devido ao seu enorme poder destrutivo.
A Força Aérea Russa tem usado essas bombas para atacar pontos estratégicos e defensivos da Ucrânia, facilitando o avanço dos soldados russos em território ucraniano. De acordo com John Hardie, vice-diretor do Programa da Rússia da Fundação para a Defesa das Democracias, a Rússia está lançando cerca de 3,5 mil bombas planas por mês.
O vídeo divulgado pela Rússia mostra a FAB-3000 sendo carregada em um Sukhoi Su-34 e, posteriormente, o lançamento da bomba em direção ao alvo. Esta demonstração de poder tem como objetivo não apenas a destruição de alvos específicos, mas também a intimidação e a demonstração da capacidade militar russa.
A utilização destas bombas marca uma escalada significativa no conflito, aumentando a pressão sobre a Ucrânia e destacando o poderio bélico russo.
Informações do inmagazine
Foto: (reprodução/ Handout/Anadolu/Getty images embed)