Rebeca Andrade pode se despedir das competições de solo em Paris

Rebeca Andrade é a grande sensação das Olimpíadas de Paris 2024. Nesta segunda-feira (5), a ginasta brasileira se prepara para sua última final na capital francesa, uma apresentação embalada pelas músicas de Beyoncé e Anitta, que pode marcar sua despedida das provas de solo.
Rebeca revelou que, devido às múltiplas cirurgias no joelho, as provas de solo se tornaram extremamente desafiadoras. A atleta de 25 anos já passou por três cirurgias no ligamento cruzado anterior (LCA), uma das lesões mais sérias no esporte, resultando em muitas dores que afetam seu desempenho. Por conta disso, ela planeja se aposentar das competições de solo para poupar seu corpo.
“Com certeza, o solo é o mais difícil para mim. Não é difícil eu fazer os meus exercícios, é que é pesado para minha perna, meus joelhos, meus pés e meu tendão. São dores que sinto que eu não preciso ter mais”, declarou Rebeca em entrevista.
A rotina de treinos e competições é intensa, e para Rebeca, é ainda mais desgastante devido às suas lesões. Em apenas 12 dias, ela realizou 19 séries, incluindo o treino de pódio, que é um ensaio geral para os atletas. Considerando as dores e o impacto no seu corpo, Rebeca está cogitando dar um descanso às suas pernas.
Além do solo, Rebeca também está considerando seu futuro no individual geral, que exige a competição em quatro aparelhos: barras, trave, salto e solo. Ela mencionou que essa modalidade também exige muito do seu corpo e pode ser algo que ela reavalie no futuro.
“Eu queria muito que hoje fosse uma competição especial para mim, e foi. Por ser o meu último individual geral. Exige muito do meu corpo, principalmente das minhas pernas, dos meus joelhos e de tudo mais. Falo que o futuro a Deus pertence. Vai que, do nada, se der um tchan na minha cabeça, se meu corpo melhorar, eu mude de ideia”, disse a atleta.
Rebeca Andrade tem uma trajetória brilhante nas Olimpíadas. Em Tóquio 2020, ela conquistou o ouro no salto e a prata no individual geral. Em Paris 2024, ela adicionou ao seu currículo uma prata no individual geral e no salto, além de um bronze por equipes. Essas conquistas solidificam seu lugar como uma das maiores ginastas do mundo.
Informações do inmagazine
FOTO: (Reprodução/Luiza Moraesa/COB)