PREFEITURA DE MUTUÍPE REALIZA OFICINA SOBRE CONTROLE DE DOENÇA DE CHAGAS

PREFEITURA DE MUTUÍPE REALIZA OFICINA SOBRE CONTROLE DE DOENÇA DE CHAGAS

PREFEITURA DE MUTUÍPE REALIZA OFICINA SOBRE CONTROLE DE DOENÇA DE CHAGAS

A doença de chagas é uma doença transmissível causada por um parasito e transmitida principalmente através do inseto “barbeiro”. Foto: Léo Xavier

A prefeitura de Mutuípe realizou nos dias 24 e 25 deste mês uma oficina sobre controle de doença de chagas, em parceria a Fiocruz-BA, destinada para os profissionais de saúde do município. O evento aconteceu na Secretaria de Expansão Econômica, Turismo, Meio ambiente e Agropecuária (SEETMAA).

A palestra foi conduzida por Gilmar José Ribeiro Jr,  que leva no currículo PhD M.Sc em Biotecnogia aplicada à saúde pública e medicina investigativa pela Fiocruz BA e graduação e, ciências biológicas pela Universidade Católica de Salvador, e  é membro do conselho deliberativo do IGM Fiocruz-BA. Ele explicou formas de detecção e prevenção das doenças e as melhores formas de identificar o barbeiro.

A doença

A doença de chagas é uma doença transmissível causada por um parasito e transmitida principalmente através do inseto “barbeiro”. O agente causador é um protozoário denominado Trypanosoma cruzi. No homem e nos animais, vive no sangue periférico e nas fibras musculares, especialmente as cardíacas e digestivas. Os barbeiros abrigam-se em locais muito próximos à fonte de alimento e podem ser encontrados na mata, escondidos em ninhos de pássaros, toca de animais, casca de tronco de árvore, montes de lenha e embaixo de pedras. Nas casas escondem-se nas frestas, buracos das paredes, nas camas, colchões e baús, além de serem encontrados em galinheiro, chiqueiro, paiol, curral e depósitos.

Transmissão

A transmissão se dá pelas fezes que o “barbeiro” deposita sobre a pele da pessoa, enquanto suga o sangue. Geralmente, a picada provoca coceira e o ato de coçar facilita a penetração do tripanossomo pelo local da picada. O T.cruzi contido nas fezes do “barbeiro” pode penetrar no organismo humano, também pela mucosa dos olhos, nariz e boca ou através de feridas ou cortes recentes existentes na pele. Podemos ter ainda, outros mecanismos de transmissão através de: transfusão de sangue, caso o doador seja portador da doença; transmissão congênita da mãe chagásica, para o filho via placenta; manipulação de caça (ingestão de carne contaminada).

Sintomas

Os sintomas são febre, mal estar, falta de apetite, edemas (inchaço) localizados na pálpebra ou em outras partes do corpo, aumento do baço e do fígado e distúrbios cardíacos. Em crianças, o quadro pode se agravar e levar à morte.  Em outros casos, a doença prossegue ativamente, passada a fase inicial, podendo comprometer muitos setores do organismo, salientando-se o coração e o aparelho digestivo.

Medicamentos e prevenção

Os medicamentos hoje disponíveis são eficazes apenas na fase inicial da enfermidade, daí a importância da sua descoberta precoce.

A prevenção baseia-se principalmente em medidas de controle ao “barbeiro”, impedindo a sua proliferação nas moradias e em seus arredores. As atividades de educação em saúde devem estar inseridas em todas as ações de controle, bem como, as medidas a serem tomadas pela população local, tais como:

– melhorar a habitação, através de reboco e tamponamento de rachaduras e frestas;

– impedir a permanência de animais como cão, gato, macaco e outros no interior da casa;

– evitar montes de lenhas, telhas ou outros entulhos no interior e arredores da casa;

– construir galinheiro, paiol, tulha, chiqueiro, depósitos, afastados das casas e mantê-los limpos;

– fazer limpeza periódica nas casas e em seus arredores;

– difundir junto aos amigos, parentes, vizinhos, os conhecimentos básicos sobre a doença, transmissor e sobre as medidas preventivas;

– encaminhar os insetos suspeitos de serem “barbeiros” para o serviço de saúde mais próximo.

Foto: Léo Xavier

 

Fontes:

Superintendência de Controle de Endemias do Estado de São Paulo

Fundação Nacional de Saúde. 

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