O dia na História: 23 de novembro
Marechal Deodoro da Fonseca renuncia presidência do Brasil (1891)
A renúncia de Marechal Deodoro da Fonseca à Presidência do Brasil ocorreu em 23 de novembro de 1891, marcando um momento crucial na transição do país para o regime republicano. Deodoro da Fonseca foi uma figura militar proeminente e desempenhou um papel fundamental no estabelecimento da República no Brasil.
A Proclamação da República ocorreu em 15 de novembro de 1889, quando Deodoro da Fonseca liderou um golpe militar que depôs o imperador Dom Pedro II, encerrando assim o período do Império no Brasil. Após a proclamação, Deodoro assumiu a posição de chefe do governo provisório e, mais tarde, foi eleito o primeiro presidente da República.
O governo de Deodoro enfrentou desafios significativos, incluindo resistência de setores monarquistas e descontentamento de grupos políticos. Além disso, a Constituição de 1891, elaborada durante seu governo, consolidou um sistema presidencialista com amplos poderes, o que gerou tensões e conflitos políticos.
Em meio a essas dificuldades, Deodoro da Fonseca dissolveu o Congresso Nacional e fechou a Câmara dos Deputados em 3 de novembro de 1891, assumindo poderes ditatoriais. No entanto, a oposição e o descontentamento cresceram, incluindo resistência de setores militares.
Diante da pressão política e militar, Marechal Deodoro da Fonseca renunciou à Presidência em 23 de novembro de 1891, menos de um ano após a proclamação da República. Sua renúncia marcou uma tentativa de acalmar as tensões políticas e evitar um possível conflito armado.
Após a renúncia de Deodoro, o vice-presidente Marechal Floriano Peixoto assumiu a Presidência. O governo de Floriano Peixoto enfrentou seus próprios desafios, incluindo uma revolta armada conhecida como a Revolta da Armada. No entanto, sua gestão consolidou a estabilidade política e marcou a transição para um período mais institucionalizado na jovem República brasileira.
A renúncia de Deodoro da Fonseca representa um capítulo significativo na história do Brasil como uma nação republicana, destacando os desafios enfrentados na consolidação do novo regime e na busca por estabilidade política.
Morre Nelson Prudêncio, um dos maiores nomes do atletismo da história do Brasil (2012)
No dia 23 de novembro de 2012, o Brasil perdeu um dos grandes nomes do atletismo do país com a morte de Nelson Prudêncio, medalha de prata no salto triplo nas Olimpíadas da Cidade do México (1968) e de bronze em Munique (1972). Ele morreu, aos 68 anos, vítima de câncer no pulmão, na Casa de Saúde de São Carlos (SP). O medalhista olímpico nasceu no dia 4 de abril de 1944, em Lins (SP). Prudêncio era professor Doutor no curso de Educação Física na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e também vice-presidente da Confederação Brasileira de Atletismo. Ele deixou dois filhos e esposa. Quando conquistou a prata na Cidade do México, Prudêncio participou de uma das maiores disputas da história do salto triplo. Ele, o soviético Viktor Saneyev e o italiano Giuseppe Gentile quebraram nove vezes o recorde mundial. A marca subiu de 17,03 para 17,37 metros, mas a maior foi a do soviético, que levou o ouro. Nelson Prudêncio alcançou 17,27 metros e teve o gostinho de ser dono do recorde mundial por alguns minutos.

