O dia na História: 16 de Novembro

Em um dia como este, no ano de 1945, era fundada a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), com sede em Paris, na França. A instituição foi criada logo após a Segunda Guerra Mundial e, atualmente, conta com 193 estados-membros. Seu objetivo é garantir a paz pela cooperação intelectual entre as nações, acompanhando o desenvolvimento mundial e auxiliando com problemas que desafiam a sociedade. Esta agência das Nações Unidas atua nas áreas de Educação, Ciências Naturais, Ciências Humanas e Sociais, Cultura e Comunicação e Informação.

Além de desenvolver programas importantes para acabar com o analfabetismo no mundo, outro projeto de destaque é o de proteção dos patrimônios culturais e naturais. A UNESCO criou o “World Heritage Centre” para coordenar a preservação e a restauração dos patrimônios históricos da humanidade, com atuação em 112 países. A entidade também concentra esforços em duas prioridades globais: a África e igualdade de gênero. Entre suas primeiras realizações está o trabalho contra o racismo, com declarações e discursos feito pela organização, concluindo com a Declaração de 1978 sobre a Raça e o Preconceito Racial. A Representação da Unesco no Brasil foi estabelecida em 1964 e seu escritório, em Brasília, iniciou as atividades em 1972.

Na noite de 16 de novembro de 2016, o cenário político do Rio de Janeiro foi abalado por um acontecimento que marcou a trajetória do ex-governador Anthony Garotinho. Em uma operação coordenada pela Polícia Federal, Garotinho foi detido em seu apartamento no Flamengo, como parte da Operação Chequinho, que investigava um esquema de compra de votos relacionado ao programa Cheque Cidadão na cidade de Campos dos Goytacazes.

O ex-governador, conhecido por sua longa carreira política e tentativas presidenciais, foi acusado pelo Ministério Público Eleitoral de liderar um complexo esquema de corrupção eleitoral. A investigação apontou que Garotinho e sua família formavam um verdadeiro clã político na região, utilizando o programa social Cheque Cidadão para obter vantagens eleitorais.

O juiz Glaucenir Silva de Oliveira, responsável pelo caso, descreveu em sua sentença que o esquema consistia no cadastramento irregular de pessoas no Cheque Cidadão. Essas pessoas, em troca de benefícios sociais, eram coagidas a votar nos candidatos associados ao esquema, configurando assim uma clara violação do processo democrático.

A prisão de Garotinho, que ocorreu simultaneamente à de outros envolvidos, incluindo vereadores da região, gerou um intenso debate sobre ética política e o uso de programas sociais em benefício eleitoral. As imagens da operação policial e as declarações das autoridades locais foram amplamente divulgadas, alimentando a polarização política que marcava o período.

Contudo, poucos dias após sua detenção, uma reviravolta surpreendente aconteceu. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu revogar o pedido de prisão de Anthony Garotinho por 6 votos a 1. Em uma decisão que dividiu opiniões, o TSE concedeu a Garotinho liberdade sob medidas cautelares e pagamento de fiança.

Essa decisão do TSE gerou questionamentos sobre a eficácia da justiça eleitoral e levantou debates sobre a percepção da impunidade. O episódio, marcado por reviravoltas e intensos debates políticos, deixou uma cicatriz na história política do Rio de Janeiro e provocou reflexões sobre a necessidade de reformas no sistema eleitoral e no combate à corrupção.

O caso de Anthony Garotinho, que envolveu acusações graves e uma liberação surpreendente, continuará a ser estudado como um exemplo dos desafios enfrentados pelo sistema político brasileiro. O legado desse episódio permanece como uma lembrança das complexidades e imperfeições presentes no cenário político do país.

Isabel Salgado, lenda do vôlei brasileiro, morre aos 62 anos

Aos 62 anos, Isabel nos deixou em 16 de novembro de 2022, deixando para trás uma carreira repleta de conquistas e um legado que transcende as quadras.

Nascida no Rio de Janeiro, Isabel começou sua jornada no vôlei aos 11 anos e rapidamente se destacou como uma talentosa atacante. Seu treinador na Seleção Brasileira, Enio Figueiredo, percebeu seu potencial desde cedo, e ela logo se tornou parte integrante do mundo do vôlei.

A trajetória vitoriosa de Isabel incluiu dois Jogos Olímpicos, representando o Brasil nas edições de Moscou (1980) e Los Angeles (1984). Seu desempenho incansável e comprometimento com a excelência renderam à atleta seis medalhas em Campeonatos Mundiais, solidificando seu nome como uma lenda do esporte.

Além de brilhar nas quadras, Isabel também deixou sua marca no vôlei internacional, jogando em clubes no Brasil, Itália e Japão. Sua versatilidade a levou ao vôlei de praia em 1992, onde continuou a colecionar vitórias notáveis, incluindo o título mundial na etapa de Miami, ao lado de Roseli, dois anos depois.

O legado de Isabel Salgado não se limita às suas próprias conquistas. Como treinadora, ela moldou o talento de outros, tendo atuado como técnica no Flamengo nos anos 1999 e 2000. Sua influência se estendeu para além das quadras, sendo uma mentora dedicada para seus três filhos que seguiram seus passos no vôlei de praia: Maria Clara, Carolina Solberg e Pedro Solberg.

Mesmo após mais de três décadas envolvida com o esporte, Isabel permaneceu ativa e comprometida, recentemente contribuindo como parte do grupo técnico de Esportes do gabinete de transição do governo. Sua paixão pelo vôlei, sua liderança inspiradora e seu impacto duradouro no cenário esportivo brasileiro garantem que seu nome será lembrado como um verdadeiro ícone do vôlei nacional.

A causa da morte de Isabel Salgado não foi oficialmente divulgada, mas sua partida deixa um vazio no coração dos amantes do esporte e uma reverência à trajetória brilhante da “Lenda do Vôlei” brasileiro.

fonte: history

foto: reprodução