O Dia na História: 06 de Novembro

O Dia na História: 06 de Novembro

Gandhi Lidera Protesto e é Preso na África do Sul

Em um dia como 6 de novembro, mas em 1913, Mahatma Gandhi, o icônico líder da luta pela independência da Índia, foi preso enquanto liderava um protesto de mineiros indianos na África do Sul. O protesto contou com a participação de mais de duas mil pessoas.

Essa prisão foi apenas o começo de uma série de idas e vindas nas quais Gandhi foi detido e enfrentou resistência pelas suas crenças e estratégias de protesto. Eventualmente, ele foi condenado a três meses de trabalho forçado, mas isso não desencorajou as greves e manifestações subsequentes que envolveram cerca de 50 mil pessoas.

Gandhi gradualmente ganhou notoriedade por suas crenças em práticas de desobediência civil não violenta e ações como o jejum como formas de protesto. Ele passou a liderar a luta contra a discriminação racial e se tornou uma figura central no movimento pela independência da Índia do domínio britânico. Uma de suas estratégias notáveis foi o boicote aos produtos importados, como os tecidos ingleses.

O legado de Gandhi continua a ressoar até hoje, e seu nome, que significa “grande alma” em sânscrito, é sinônimo de luta pela justiça e igualdade em todo o mundo.

A Condenação Internacional do Apartheid na África do Sul

Em 6 de novembro de 1962, a Assembleia Geral das Nações Unidas emitiu uma resolução condenando as políticas racistas do apartheid na África do Sul. O apartheid era um sistema oficial de segregação racial que persistiu na África do Sul de 1948 a 1993, caracterizado pela discriminação política, econômica e racial contra a maioria não branca.

As injustiças do apartheid incluíam a segregação forçada de negros em áreas separadas e restrições à sua mobilidade, além de limitações em suas oportunidades econômicas e políticas, apesar de constituírem a maioria da população.

O massacre de manifestantes desarmados em Sharpeville, em 1960, quando 69 negros foram mortos, aumentou a pressão internacional para acabar com o apartheid. O movimento internacional de oposição a essa política cresceu, e várias nações impuseram sanções econômicas e militares à África do Sul.

Em 1973, a ONU declarou o apartheid como um “crime contra a humanidade”, e em 1974, a África do Sul foi suspensa da Assembleia Geral. Essa pressão internacional e a resistência contínua dentro do país eventualmente levaram ao fim do apartheid. Em 1991, o governo sul-africano sob a liderança de F.W. de Klerk revogou as leis do apartheid e se comprometeu a criar uma nova constituição. Em 1994, a África do Sul realizou sua primeira eleição democrática, e Nelson Mandela, que passou 27 anos na prisão por sua oposição ao apartheid, tornou-se o novo presidente do país.

A Despedida de Anita Malfatti: Pintora Modernista Brasileira

Em 6 de novembro de 1964, o Brasil perdeu uma de suas pioneiras no movimento modernista: a pintora Anita Catarina Malfatti. Nascida em 2 de dezembro de 1889 em São Paulo, Anita superou desafios físicos em sua infância devido a uma atrofia no braço e na mão direita. Embora tenha buscado tratamento na Itália em uma tentativa de recuperar seus movimentos, os resultados foram limitados, levando-a a desenvolver habilidades com a mão esquerda.

Apoiada por seu padrinho, o engenheiro Jorge Krug, Anita teve a oportunidade de estudar arte na Alemanha, onde teve contato com o modernismo em 1910. No entanto, suas primeiras obras, quando retornou ao Brasil, foram incompreendidas e criticadas por serem pouco convencionais. Mesmo enfrentando críticas negativas, ela montou exposições bem-sucedidas e vendeu algumas de suas obras.

Anita Malfatti ganhou reconhecimento significativo durante a Semana da Arte Moderna de 1922, que agitou São Paulo e revolucionou a cena artística brasileira. Após a exposição, ela recebeu uma bolsa que a levou a viver na Europa, onde suas obras ganharam destaque internacional.

No final de sua vida, Anita Malfatti encontrou paz artística em sua chácara em Diadema, após décadas de altos e baixos em sua carreira. Seu legado como pioneira do modernismo no Brasil permanece vivo, e sua coragem em enfrentar a crítica e buscar a inovação artística continua a inspirar artistas e apreciadores da arte. Anita Malfatti faleceu na cidade de São Paulo, deixando um impacto duradouro na história da arte brasileira.

FONTE: HISTORY

FOTO: Reprodução

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