NÚMERO DE MENINOS COM AUTISMO É 4 VEZES MAIOR QUE O DE MENINAS

NÚMERO DE MENINOS COM AUTISMO É 4 VEZES MAIOR QUE O DE MENINAS
Imagem: studiolive4u / Pixabay

Os casos de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) vem aumentando ao longo dos anos

Meninos com autismo é quatro vezes mais que meninas. Esse é o resultado de uma pesquisa do CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças), que rastreia o número e as características de crianças com o espectro autista há mais de duas décadas em diversas comunidades americanas. As pesquisas são divulgadas a cada dois anos e se baseiam em dados coletados quatro anos antes da publicação.

Mesmo que não seja brasileiro, o Brasil ainda usa os estudos do CDC como base, por não ter pesquisas concretas sobre a prevalência no país.

Número de pessoas com o diagnóstico

Os casos de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) vem aumentando ao longo dos anos. Em 2004, o número divulgado pelo CDC era de que 1 pessoa em 166 tinham TEA. Em 2012, esse número estava em 1 em 88. Na última publicação do CDC, em 2018, esse número estava em 1 em 59. Nesta publicação de 2020, a prevalência está em 1 em 54.

Ou seja, os dados divulgados atualmente apontam 1 pessoa com autismo para cada 54 crianças de 8 anos, em 11 estados dos EUA, de acordo com dados coletados em 2016.

Porém, esses dados abrem caminho para outra interpretação: ou o número de pessoas com o transtorno realmente aumentou, ou o número de diagnósticos aumentou. A maioria dos pesquisadores acredita na segunda afirmação, de que cada vez mais acontece o acesso ao diagnóstico por parte dos pacientes e o aumento da qualidade da informação por parte dos profissionais da saúde, aumentando assim o número de diagnósticos corretos.

A diferença entre os sexos

Na pesquisa atual, há o resultado de que para cada 1 menina com TEA, há 4 meninos com TEA. Ainda não há pesquisas concretas que expliquem esse predomínio no sexo masculino.

Vale destacar que, nesse estudo, pela primeira vez, não houve diferenças entre grupos étnicos ou socioeconômicos. Os dados atuais não encontraram diferença geral no número de crianças negras identificadas com autismo em comparação a crianças brancas. Tem-se, então, que o espectro autista é um transtorno que não difere etnias nem classes e abrange a todos igualmente.

Para alguns pesquisadores, a diferença entre etnias encontrada anteriormente poderia ser baseada no acesso à saúde, ou a falta desse acesso.

Ou seja, a diferença de prevalência anterior seria baseada em diferenças sociais, e não biológicas. Quando há a referência de que pessoas com melhores condições socioeconômicas têm um melhor acesso à saúde, tem-se um número de diagnósticos maior na população mais favorecida economicamente do que na menos favorecida.

Como os números atuais mostram que o TEA está presente em todas as etnias e classes econômicas, a especulação é de que os diagnósticos na população de renda mais baixa aumentaram, e não de que aumentaram as pessoas nascidas com TEA na população menos favorecida. Então, teríamos que agora o diagnóstico na população de menor poder econômico está realmente sendo feito. Portanto, espera-se que as opções de tratamento para o transtorno passem a atingir a população como um todo.

 

Você pode conferir o estudo completo no site autismoerealidade

Foto: studiolive4u / Pixabay

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