MINISTÉRIO DA SAÚDE PASSA A TRATAR VARÍOLA DOS MACACOS COMO SURTO

MINISTÉRIO DA SAÚDE PASSA A TRATAR VARÍOLA DOS MACACOS COMO SURTO
Brasil já tem mais de mil casos
O Ministério da Saúde passou a usar o termo “surto” ao divulgar informações relativas aos casos de varíola dos macacos no Brasil.
O surto é o primeiro estágio de uma escala de evolução do contágio, que pode se transformar em epidemia, endemia e pandemia – caso da Covid-19. Tecnicamente, desde o aumento repentino dos casos, a varíola dos macacos já pode ser considerada em situação de surto.
O boletim divulgado pelo Ministério da Saúde mostra que o Brasil registrou até agora 1.066 casos da doença. O primeiro óbito foi registrado em Minas Gerais, na cidade de Uberlândia, na última quinta-feira (28). O paciente era um homem com baixa imunidade, e segundo a pasta, o paciente tinha cerca de 41 anos e já tratava outras doenças, incluindo um câncer, o que ocasionou o agravamento do seu quadro de saúde.
Para conter esse avaço, o governo brasileiro está negociando com a Organização Pan-americana da Saúde (OPAS) a intermediação para a compra de 50 mil doses de vacina contra o vírus. A expectativa é receber o primeiro lote até o fim do ano.
No entanto, o subdiretor interino da organização no Brasil, Marcos Espinhal, disse em entrevista coletiva por vídeo que há limitação para o fornecimento do imunizante em 2022. Segundo ele, dez países do continente solicitaram apoio na compra da vacina.
Também conhecida como monkeypox, a varíola dos macacos foi diagnosticada e identificada pela primeira vez no século passado, na década de 60. Ao longo da história da saúde pública mundial, tiveram alguns surtos de varíola dos macacos em alguns países, como, por exemplo, nos Estados Unidos, mas surtos curtos, com poucos casos.
Segundo o ministério da saúde após a contaminação, a doença começa, quase sempre, com uma febre súbita, forte e intensa. O paciente também tem dor de cabeça, náusea, exaustão, cansaço e fundamentalmente o aparecimento de gânglios (inchaços popularmente conhecidos como “ínguas”), que podem acontecer tanto na região do pescoço, na região axilar, como na região perigenital. A manifestação na pele é chamada de papulovesicular uniforme, que são feridas ou lesões pelo corpo.
A principal forma de transmissão da varíola dos macacos é por meio do contato. Esse contato acontece por pele/pele, secreções ou por objetos pessoais do paciente infectado. A principal forma de proteção é evitar contato direto com pessoas contaminadas. A infecção pode ser confirmada pelo método PCR, o mesmo utilizado na identificação da COVID-19.
“Com as ferramentas que temos agora, podemos interromper a transmissão da varíola dos macacos e controlar esse surto. É essencial que todos os países trabalhem em estreita colaboração com as comunidades afetadas para adotar medidas que protejam sua saúde, direitos humanos e dignidade.” Disse Tedros Adhano, atual secretário-geral da Organização Mundial da Saúde.
Fonte: Agência Brasil, Exame e CNN
Foto: Istock