O Ministério da Saúde anunciou que está monitorando de perto o surto de metapneumovírus humano (HMPV) na China, que tem gerado um aumento significativo de infecções respiratórias, especialmente em crianças. Apesar de o risco de pandemia ser considerado baixo e de não haver alerta internacional emitido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil mantém vigilância ativa e troca constante de informações com autoridades chinesas e a OMS.
O que é o metapneumovírus humano?
O HMPV é um vírus comum que causa infecções respiratórias, podendo variar de sintomas leves, como resfriados, a quadros mais graves, como pneumonia e bronquiolite, especialmente em crianças pequenas, idosos e pessoas imunocomprometidas. O vírus é transmitido por gotículas respiratórias, superfícies contaminadas ou contato direto com pessoas infectadas.
Situação na China
De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças da China (China CDC), houve um aumento nos casos de infecções respiratórias agudas causadas pelo HMPV, mas a gravidade geral da situação é menor em comparação ao mesmo período do ano passado. Apesar disso, o surto tem gerado preocupação, principalmente em hospitais pediátricos, onde a demanda por atendimentos cresceu significativamente.
Ações do Ministério da Saúde
Marcelo Gomes, coordenador de Vigilância de Vírus Respiratórios no Brasil, destacou que o Ministério está atento ao avanço do surto e reforçou a necessidade de medidas preventivas. Entre as orientações estão:
- Higiene das mãos: lavar as mãos regularmente com água e sabão ou usar álcool em gel.
- Cobertura ao tossir ou espirrar: proteger nariz e boca com o braço ou lenço descartável.
- Evitar aglomerações: especialmente em ambientes fechados e mal ventilados.
- Manter as vacinas em dia: mesmo que ainda não haja vacina específica para o HMPV, é fundamental manter a imunização contra outros vírus respiratórios, como gripe e COVID-19.
Risco de pandemia é baixo
Especialistas ressaltam que, embora o HMPV possa causar surtos locais, o risco de evolução para uma pandemia é baixo devido à sua menor taxa de transmissibilidade e gravidade em comparação a outros vírus respiratórios, como o SARS-CoV-2 (causador da COVID-19).
Monitoramento contínuo
O Brasil segue atento às atualizações internacionais sobre o HMPV, com reuniões regulares entre o Ministério da Saúde e organismos internacionais. Até o momento, não foram reportados aumentos significativos de casos do vírus no território nacional. No entanto, a vigilância será mantida como medida preventiva.
A população é orientada a buscar atendimento médico em caso de sintomas respiratórios persistentes ou agravantes, especialmente crianças e pessoas em grupos de risco.
Informações do Band Bahia
