Conta de luz fica mais cara a partir de junho com bandeira vermelha em vigor

A partir deste mês de junho, os consumidores de energia elétrica em todo o Brasil devem se preparar para um aumento na conta de luz. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que a bandeira tarifária será alterada para o patamar vermelho – nível 1, o que representa uma cobrança extra de R$ 4,46 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
Menor geração hidrelétrica e aumento nos custos
A principal justificativa da Aneel para o acionamento da bandeira vermelha é a previsão de redução na geração de energia pelas hidrelétricas, principal fonte da matriz energética brasileira. Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), as afluências — volume de água que chega aos reservatórios — estão abaixo da média em praticamente todas as regiões do país.
Com a escassez hídrica, o sistema elétrico precisa acionar fontes alternativas mais caras, como as usinas termelétricas, o que eleva o custo da geração e, consequentemente, o valor repassado ao consumidor.
Em maio, o país já havia operado sob bandeira amarela, indicando um custo adicional de R$ 1,88 a cada 100 kWh. Agora, com a piora nas condições climáticas e a transição do período úmido para o período seco, os custos aumentaram ainda mais, justificando o novo patamar tarifário.
Como funcionam as bandeiras tarifárias
Implementado em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias foi criado para tornar mais transparente a cobrança de custos extras na conta de energia elétrica. Ele funciona como um semáforo de consumo:
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🟩 Bandeira verde: condições favoráveis de geração, sem cobrança adicional.
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🟨 Bandeira amarela: condições menos favoráveis, acréscimo de R$ 1,88 a cada 100 kWh.
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🔴 Bandeira vermelha – patamar 1: condições mais custosas, acréscimo de R$ 4,46 a cada 100 kWh.
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🔴 Bandeira vermelha – patamar 2: situação crítica, acréscimo de R$ 6,56 a cada 100 kWh.
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⚫ Bandeira escassez hídrica (criada em 2021): acréscimo de R$ 14,20, utilizada apenas em casos extremos.
Conscientização: uso eficiente da energia é fundamental
Diante do novo cenário, a Aneel reforça o pedido para que a população adote hábitos conscientes no uso da energia elétrica, como:
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Apagar as luzes de ambientes desocupados.
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Reduzir o tempo no banho com chuveiro elétrico.
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Retirar aparelhos da tomada quando não estiverem em uso.
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Aproveitar mais a luz natural.
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Evitar o uso de eletrodomésticos no horário de pico (18h às 21h).
Essas práticas, além de contribuírem para a sustentabilidade, ajudam a reduzir o impacto do aumento na fatura de energia durante os próximos meses.
Fonte: Rádio Agencia
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