Anvisa proíbe venda de três marcas de café após detectar toxina imprópria ao consumo

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a fabricação, comercialização, distribuição e uso de três marcas de café no Brasil, após a identificação da toxina ocratoxina A, substância considerada imprópria para o consumo humano. A medida foi publicada oficialmente e tem efeito imediato.

As marcas afetadas pela decisão são:

• Melissa

• Pingo Preto

• Oficial

A ocratoxina A é uma micotoxina produzida por fungos, que pode se desenvolver durante o armazenamento inadequado dos grãos. A substância é tóxica ao organismo e está associada a efeitos nocivos à saúde, como danos aos rins e risco de câncer, segundo classificação da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Além da presença da toxina, os produtos também apresentaram matérias estranhas e impurezas, conforme já havia sido identificado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) em março deste ano. As análises revelaram componentes como pedras, areia, galhos, folhas, cascas e sementes de ervas daninhas, além de grãos crus ou resíduos industriais — o que levou os produtos a serem apelidados popularmente de “café fake“.

Apesar de indicarem nos rótulos que eram compostos por “café torrado e moído” ou “polpa de café”, os produtos utilizavam ingredientes de qualidade inferior e foram considerados não alimentícios pelo governo federal em análise anterior.

Diante do risco à saúde pública, a Anvisa determinou a proibição total da propaganda e distribuição dos produtos, além do recolhimento obrigatório dos lotes já disponíveis no mercado.

A Anvisa recomenda que os consumidores verifiquem as marcas e lotes dos cafés adquiridos recentemente. Caso identifiquem alguma das marcas mencionadas, a orientação é interromper imediatamente o consumo e entrar em contato com os órgãos de defesa do consumidor ou vigilância sanitária local.

Fonte: Correio

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