Colapso em Maceió: velocidade de afundamento de mina volta a subir e deslocamento chega a 1,86 metro

Colapso em Maceió: velocidade de afundamento de mina volta a subir e deslocamento chega a 1,86 metro

O mais recente balanço da Defesa Civil de Maceió revela que a velocidade de afundamento da mina da Braskem na cidade aumentou novamente, após alguns dias de desaceleração. De acordo com o órgão, a região agora afunda a uma taxa de 0,27 cm por hora, 0,01 a mais do que o registrado no relatório anterior divulgado na noite de segunda-feira. O ritmo de afundamento vinha diminuindo desde 21 de novembro, com uma redução de 1,86 metro na região.

A área e as proximidades da mina número 18 continuam em alerta máximo devido ao iminente risco de colapso.

O afundamento em Maceió está relacionado a irregularidades e atrasos da Braskem no fechamento de seus poços de exploração de sal-gema na cidade. Relatórios da Agência Nacional de Mineração (ANM) apontam que a Braskem levou quase dois anos para definir o fechamento da Mina 18 com areia, mesmo método usado em outros oito poços.

A empresa alega ter cumprido as recomendações das autoridades, mas o preenchimento desta mina ainda não começou. O Ministério Público Federal suspendeu a extração de areia usada pela mineradora devido a irregularidades nos outros poços.

A responsabilidade da Braskem pelo afundamento do solo em Maceió, associada à extração de sal-gema no bairro Mutange, foi confirmada por estudos técnicos do Serviço Geológico Brasileiro em 2019. A ANM determinou que a empresa apresentasse um plano de fechamento das minas de sal-gema, o qual foi apresentado apenas em fevereiro de 2021.

A situação levou o prefeito de Maceió a buscar apoio do Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional para minimizar os danos causados pela Braskem na cidade. O Ministério reconheceu a situação de emergência na capital alagoana na sexta-feira (01), abrindo caminho para a implementação de políticas públicas para assistência social aos moradores afetados.

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