Profissão de trancista é oficialmente reconhecida pela Classificação Brasileira de Ocupações

Profissão de trancista é oficialmente reconhecida pela Classificação Brasileira de Ocupações
Imagem gerada por IA

O governo federal incluiu oficialmente a profissão de trancista na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), sob o código 5161-65. A medida representa um avanço significativo no reconhecimento formal da atividade, exercida majoritariamente por mulheres negras, e valoriza a estética afro-brasileira como expressão cultural e profissional.

Com a nova classificação, as trancistas passam a integrar o grupo de profissionais dos serviços de embelezamento, junto a cabeleireiros, barbeiros, manicures, maquiadores e designers de sobrancelhas. A CBO também contempla outras nomenclaturas associadas à atividade, como artesã capilar, trançadeira capilar e profissional das tranças.

De acordo com a descrição da CBO, esses profissionais são responsáveis por tratar da estética e saúde capilar, aplicar produtos químicos para alisar, ondular ou colorir cabelos, realizar procedimentos em unhas e maquiagens, confeccionar perucas e trançar cabelos com técnicas afro. Também fazem parte das atribuições a higienização de equipamentos, cuidados com a estação de trabalho, além de atividades administrativas e de gestão do próprio negócio.

A inclusão é resultado de mobilizações da categoria. Em 2023, trancistas de Salvador se reuniram para discutir a regulamentação da profissão e apontaram a necessidade de reconhecimento formal da atividade. O objetivo era garantir melhores condições de trabalho, como piso salarial, amparo jurídico e acesso a direitos trabalhistas básicos.

 

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