O Dia na história: 04 de Dezembro

O Dia na história: 04 de Dezembro
Morre o controverso músico Frank Zappa (1993)

No dia 4 de dezembro de 1993, o mundo da música perdia Frank Zappa, morto aos 52 anos, em sua casa, em Los Angeles, vítima de um câncer. Nascido em 21 de dezembro de 1940, em Baltimore, EUA, Zappa gravou quase 60 discos na carreira. O cantor e guitarrista norte-americano sempre trabalhou sem qualquer tipo de limite, tentanto derrubar as barreiras e conceitos entre o rock, o jazz e a música erudita contemporânea, promovendo inusitadas fusões. Além da música, ele também militava pela liberdade de expressão nos Estados Unidos. Fank Zappa ainda foi um empresário bem-sucedido à frente do selo Barking Pumpkin. Em 1966, ele gravou com a banda The Mothers of Invention, o histórico “Freak out” – primeiro álbum duplo de rock e primeira obra conceitual do gênero. Em carreira solo, deu espaço para seu interesse por Stravinski e a música contemporânea. Na sua discografia estão trabalhos como “We’re only in it for the money”, “Sheik Yerbouti”, “Joe’s garage” e “Jazz from hell”, trabalho que rendeu seu único Grammy.

Morre o Doutor Sócrates, ídolo do futebol (2011)

No dia 4 de dezembro de 2011 morria, em São Paulo, Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira, ídolo do futebol brasileiro e também médico, que ficou conhecido apenas como Sócrates, Doutor ou Magrão. Ele ainda foi técnico de futebol, articulista e comentarista esportivo, além de, eventualmente, atuar como músico, ator e produtor teatral. No ano de 2011, foi internado em agosto por causa de uma hemorragia digestiva alta. Depois disso, admitiu que tinha problemas com álcool. Voltou a ser internado em setembro e em dezembro. Nesta última, no dia 4, com a saúde bastante debilitada, morreu por conta de um choque séptico. No dia de sua morte, o seu time do coração, o Corinthians, conquistou o pentacampeonato brasileiro de futebol. Dentro dos gramados, Sócrates é considerado um dos melhores jogadores do Brasil e, segundo a FIFA, um dos melhores do mundo. Pelos clubes que defendeu, tornou-se ídolo no Corinthians. Seu irmão, Raí, tornou-se famoso pelo rival São Paulo. Sócrates também militava politicamente, particularmente nos anos 1980, quando liderou um movimento pela democratização do futebol e participou do movimento pelas Diretas já!

Nascido no dia 19 de fevereiro de 1954, em Belém (PA), ele começou a carreira aos 17 anos no Botafogo, de Ribeirão Preto (SP). Também com esta idade, ingressou na faculdade de medicina. Sem abandonar os estudos ou o futebol, terminou o curso em 1977. Neste mesmo ano, foi campeão da Taça Cidade de São Paulo 1977, sagrando-se artilheiro do campeonato. No ano seguinte, foi para o Corinthians, onde atuou ao lado de Palhinha e do amigo Casagrande. Pelo time alvinegro, foi um dos destaques do movimento da Democracia Corintiana. Sua estreia pela seleção brasileira aconteceu 1979 em um amistoso contra o Paraguai. Sócrates foi uma das estrelas da equipe de 1982. No ano seguinte, foi vice-campeão Copa América. Entre 1984 e 1985 teve uma passagem apagada pela Fiorentina, da Itália. Fora da forma ideal, Sócrates ainda disputou a Copa do Mundo de 1986, em que ficou marcado pelo pênalti desperdiçado nas cobranças contra a França, que eliminou o Brasil da competição. Depois, ainda jogou no Flamengo, Santos e Botafogo de Ribeirão Preto antes de encerrar a carreira em 1989.

Morre o poeta Ferreira Gullar (2016)

Na década de 1960, ele foi um dos principais líderes do movimento neoconcretista

O renomado poeta, crítico de arte e ensaísta Ferreira Gullar morreu em 4 de dezembro de 2016, no Rio de Janeiro, aos 86 anos, devido a uma pneumonia. O escritor se destacou como um dos fundadores do neoconcretismo. Sua carreira foi marcada por uma rica produção literária, engajamento político e contribuições significativas para a cultura brasileira.

Marco do neoconcretismo 

Nascido em em São Luís, no Maranhão, em 10 de setembro de 1930, e batizado como José Ribamar Ferreira, o poeta adotou o sobrenome Gullar, de sua mãe, para criar seu pseudônimo. Ele começou a escrever poesia ainda jovem e publicou seu primeiro livro, “Um Pouco Acima do Chão”, em 1949. No entanto, foi com o livro “A Luta Corporal” (1954) que ele ganhou reconhecimento e estabeleceu seu estilo inovador. Nesse período, ele estava ligado ao movimento concretista, que buscava uma poesia mais objetiva e experimental. Posteriormente, Gullar se afastou do concretismo e desenvolveu uma abordagem mais pessoal e emotiva em sua poesia.

Na década de 1960, Ferreira Gullar foi um dos principais líderes do movimento neoconcretista, que rejeitou a rigidez formal do concretismo em favor de uma abordagem mais fluida e subjetiva da arte. Seu “Manifesto Neoconcreto” de 1959 foi um marco importante nesse movimento.

Além de sua carreira literária, Ferreira Gullar também se destacou como crítico de arte, escrevendo sobre artistas brasileiros e internacionais em diversas publicações. Seu trabalho como crítico influenciou o pensamento artístico no Brasil e ajudou a promover o desenvolvimento da arte contemporânea no país.

Paralelamente, a vida de Gullar também foi marcada por seu engajamento político. Durante a ditadura militar no Brasil (1964-1985), ele se posicionou contra o regime autoritário, sendo preso e posteriormente exilado. Seu poema “Poema Sujo” (1976), escrito durante seu exílio, é uma das obras mais importantes da literatura brasileira do século XX e expressa sua angústia e revolta diante da repressão política.

Militante do Partido Comunista Brasileiro (PCB), Ferreira Gullar viveu na União Soviética, na Argentina e Chile durante a época em que ficou exilado. Após seu retorno ao Brasil em 1977, ele continuou a produzir poesia e ensaios. O escritor recebeu inúmeros prêmios ao longo de sua carreira, incluindo o Prêmio Jabuti, um dos mais prestigiosos da literatura brasileira, e o Prêmio Camões, instituído pelos governos de Portugal e do Brasil.

Em 2014, Gullar tomou posse da cadeira número 37 na Academia Brasileira de Letras. Nos últimos anos de vida, Ferreira Gullar manifestou desilusão com o socialismo e se tornou um crítico dos governos de esquerda.

fonte: history

foto: reprodução

 

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