O Dia na História: 11 de Novembro

11 de Novembro de 1918: O Fim da Grande Guerra
Em 11 de novembro de 1918, no vagão-restaurante na floresta de Compiègne, França, o Armistício de Compiègne foi assinado entre os Aliados e a Alemanha, marcando o fim das hostilidades na frente ocidental da Primeira Guerra Mundial. O Marechal Ferdinand Foch, comandante-em-chefe das forças da Tríplice Entente, e Matthias Erzberger, representante alemão, foram os principais signatários. A notícia foi transmitida por telégrafo: “As hostilidades cessarão em toda a frente no dia 11 de novembro às 11h, no horário da França.”
A Grande Guerra ceifou a vida de aproximadamente 9 milhões de soldados, deixando outros 21 milhões feridos, além de causar a morte de cerca de 10 milhões de civis indiretamente. Alemanha e França foram os mais impactados, enviando cerca de 80% de suas populações masculinas, entre 15 e 49 anos, para os campos de batalha.
Após o armistício, o Tratado de Versalhes, assinado em 1919, impôs pesadas condições à Alemanha derrotada, incluindo a redução de suas tropas, o pagamento de indenizações, a perda de colônias e a devolução de Alsácia-Lorena à França. Contudo, a insatisfação alemã com os termos do tratado alimentou ressentimentos, contribuindo para o surgimento da Segunda Guerra Mundial duas décadas depois. A história desse dia não apenas marcou o fim de um conflito devastador, mas também plantou as sementes para desafios futuros.
Entrevista com o Vampiro: Um Clássico que Encantou as Telonas
Em 11 de novembro de 1994, os cinemas nos Estados Unidos foram invadidos por uma atmosfera sombria e cativante com a estreia do filme “Entrevista com o Vampiro”. Baseado no romance homônimo de Anne Rice, escrito em 1976 e traduzido por ninguém menos que a renomada Clarice Lispector, o filme dirigido por Neil Jordan conquistou o público com sua trama intrigante e elenco estelar.
Com Brad Pitt, Tom Cruise, Antonio Banderas e Kirsten Dunst, o filme recebeu uma indicação ao Oscar de melhor direção e melhor trilha sonora, enquanto Kirsten Dunst foi reconhecida com uma indicação ao Globo de Ouro de melhor atriz coadjuvante.
A história gira em torno de Louis (Brad Pitt), um vampiro do século XVIII transformado por Lestat (Tom Cruise), que acredita ter concedido a maior dádiva a Louis, a imortalidade. No entanto, para Louis, essa condição é uma maldição. Sua jornada em busca de significado toma um novo rumo quando ele se torna amigo da jovem Cláudia (Dunst), também transformada em vampira. Intrigas entre os vampiros se desdobram, especialmente quando Louis encontra Armand (Banderas), o líder de um grupo de vampiros.
“Entrevista com o Vampiro” não apenas arrebatou as bilheterias, mas também se solidificou como um clássico do cinema, deixando uma marca duradoura na cultura popular com sua abordagem única do mito dos vampiros. Uma obra que transcendeu o gênero, continuando a encantar novas gerações de espectadores ao longo dos anos.
Frederik de Klerk: O Legado de um Transformador que Rompeu com o Apartheid
No dia 11 de novembro de 2021, o mundo lamentou a perda de Frederik de Klerk, aos 85 anos, um político sul-africano cuja coragem e visão moldaram a história de seu país. De Klerk ficou marcado como o ex-presidente que desafiou as correntes do apartheid e, em conjunto com Nelson Mandela, pavimentou o caminho para uma África do Sul mais justa e igualitária.
Nascido em Mayfair, subúrbio de Joanesburgo, de Klerk cresceu em uma família vinculada ao Partido Nacional da África do Sul. Sua jornada na política começou oficialmente na década de 1970, quando assumiu cargos públicos e ministérios governamentais após graduar-se em Direito.
Em 1989, ao ascender à presidência do país, de Klerk surpreendeu o mundo ao rejeitar as políticas segregacionistas. Em um gesto corajoso, declarou o fracasso do regime de segregação racial e anunciou o fim das proibições a partidos políticos, comprometendo-se com a libertação de presos políticos, incluindo o ícone Nelson Mandela.
O apartheid, que começou oficialmente em 1948, segregou brutalmente a população com base em raça, resultando em décadas de injustiça e desigualdade. De Klerk, contudo, liderou a transição para um novo capítulo na história sul-africana.
As negociações lideradas por de Klerk nos anos 1990 levaram ao desmantelamento gradual do regime de apartheid. Em 1994, eleições multirraciais e democráticas foram realizadas, com a vitória do Congresso Nacional Africano, sob a liderança de Nelson Mandela, marcando o fim oficial do apartheid.
Em reconhecimento aos seus esforços pela paz e igualdade, Frederik de Klerk, junto com Nelson Mandela, foi agraciado com o Prêmio Nobel da Paz em 1993. Após deixar a vida política em 1997, de Klerk deixa um legado que transcende o tempo, lembrando-nos de que, mesmo nas situações mais sombrias, líderes corajosos podem surgir para iluminar o caminho em direção a um futuro mais justo.