PF encontra provas de direcionamento de blitze contra Lula em celulares de policiais rodoviários
O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, foi detido em uma operação da Polícia Federal, após evidências apontarem para o direcionamento das blitze durante o segundo turno das eleições, com foco em prejudicar o ex-presidente Lula.
Silvinei Vasques foi preso por tempo indeterminado em uma operação da Polícia Federal. Ele será transferido de Florianópolis para Brasília, onde enfrentará acusações sérias relacionadas ao direcionamento das blitze eleitorais.
Investigadores descobriram evidências contundentes, incluindo imagens em celulares de policiais rodoviários, que indicam um planejamento específico nas cidades do Nordeste onde Lula obteve mais de 75% dos votos no primeiro turno. Isso sugere um esforço direcionado para afetar o então candidato à Presidência.
Conversas encontradas entre os policiais também mencionam uma reunião da cúpula da PRF. Nessa reunião, Vasques teria ordenado um “policiamento direcionado” nas cidades do Nordeste, onde Lula teve alta votação no primeiro turno. Esse encontro gerou desconforto entre os presentes, e as mensagens trocadas após a reunião revelam preocupação com a direção das ações da PRF.
Silvinei Vasques negou ter dado tais ordens em seu depoimento à CPI dos Atos Golpistas. No entanto, as testemunhas da reunião vão depor na Polícia Federal para confirmar o que foi discutido.
Com a descoberta dessas novas provas, a CPI deve solicitar novamente a presença de Vasques para depoimento. A situação se complica ainda mais, já que o ex-diretor da PRF havia declarado seu voto em Jair Bolsonaro e foi indicado para o cargo pelo senador Flávio Bolsonaro.
As investigações também avançam em relação ao ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, que negou qualquer envolvimento nas reuniões sobre as blitze. Os investigadores acreditam que em breve terão evidências contra ele também.
