Preços das carnes devem sofrer queda de 11,4% até o final do ano, segundo especialistas

Preços das carnes devem sofrer queda de 11,4% até o final do ano, segundo especialistas

Segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), é previsto que os preços das carnes sofram uma queda significativa de 11,4% até o final de 2023. Essa redução é resultado do aumento na produção de gado e da queda nas exportações de carne bovina.

Os pecuaristas têm enfrentado dificuldades, uma vez que os preços atuais não são suficientes para cobrir os custos de produção, que envolvem investimentos cada vez mais altos. Henrique de Oliveira, um pecuarista local, afirma que os custos têm sido elevados nos últimos anos e que é necessário um reajuste mais adequado para garantir a viabilidade da atividade.

Um fator que tem contribuído para essa redução de preços é a queda no valor do milho, que é um dos principais componentes da alimentação do gado. De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, o milho teve uma queda ainda maior do que o preço da arroba do boi neste ano, o que aumentou o poder de negociação dos pecuaristas para níveis não vistos em quase seis anos.

Embora as importações de carne bovina tenham registrado uma queda de 9% no primeiro semestre de 2023 em relação ao mesmo período do ano anterior, os analistas acreditam que o mercado está menos pessimista, prevendo quedas menos bruscas nos próximos meses. Recentemente, houve uma movimentação significativa nos valores do boi comum e da novilha, com o preço da arroba do boi comum sendo cotado a R$ 250,00 e o boi China a R$ 255,00, representando um aumento de cinco reais por arroba.

A Ativa Investimentos estima que os preços das carnes devem ter uma queda superior a 11% até o final do ano, conforme medido pelo índice nacional de preços ao consumidor amplo, principal índice inflacionário.

Os varejistas já observam uma diminuição nos preços da carne, resultado da alta oferta e demanda do produto no mercado interno. Givanildo de Aguiar, gerente de um supermercado no Distrito Federal, explica que a grande oferta tende a reduzir os preços. No entanto, apesar dessa queda, os varejistas não estão satisfeitos, uma vez que o mês de maio registrou o pior resultado desde 2018, com uma queda de 1% em relação a abril, representando a taxa mais baixa de volume de vendas desde dezembro de 2022.

Essa tendência de preços mais baixos das carnes está diretamente ligada ao poder de compra do consumidor, que afeta o desempenho do varejo. Se o poder de compra diminui, reflete-se principalmente no setor varejista.

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